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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 15 de janeiro de 2011

ESTRESSE II

Processos e Mecanismos Estressantes

            Existe em muitos organismos uma certa predisposição para a desvitalização das energias, das forças em que se firmam os conteúdos emocionais.
            Os indivíduos portadores dessa constituição, assoberbam-se de aflição ante acontecimentos que não têm o menor sentido perturbador, vítimas que se fazem de injunções que temem enfrentar ou que rejeitam de forma consciente, derrapando em estresses.
            Frágeis, psicologicamente, não conseguem sair do período infantil em que necessitam da mãe superprotetora, sem haver-se preparado para a vida adulta, inevitavelmente constituída de desafios necessários à evolução.
            Desacostumados à responsabilidade ou dominados pelo excesso de escrúpulos, alguns deles auto-denominados como perfeccionistas, gostariam de um mundo por eles elaborado, no qual os acontecimentos obedecessem a padrões agradáveis ou a ordenamentos geométricos submetidos aos seus critérios de avaliação.
            Sendo os grupos sociais constituídos de biótipos variados e de necessidades diversas, com objetivos e imposições específicos, esses indivíduos recuam diante dos enfrentamentos ou estressam-se com os fenômenos gerais, amargurando-se e desgastando-se de maneira enfermiça.
            Negam-se aos combates que são essenciais para o autocrescimento e valiosos para a visão psicológica da existência humana e suas finalidades libertadoras.
            Acumulam ressentimentos em razão de fracassos banais, que culpam aos demais, vivem ressumando infelicidade que mais se encontra na imaginação do que na realidade, tendo em vista o corpo saudável, que deveria ser aplicado em atividades que o revigorassem, impulsionando os sentimentos a vôos mais elevados na busca de realizações enobrecedoras.
            Acreditam-se sem sorte, marcados por carmas dolorosos e, enquanto lamentam e mantêm a ociosidade, mais se enfermam e mais se desestruturam. É natural que qualquer acúmulo de preocupação, de tarefa, de compromissos transforme-se em carga estressora.
            Desacostumados ao trabalho continuado, aclimatados a situações protecionistas, sem experiências de esforço pessoal, anelam pelo que não lutam por conseguir, demorando-se em reflexões pessimistas e lamentáveis, quando se deveriam afeiçoar às realizações em tentativas contínuas de aprendizagem de comportamento até a conquista dos objetivos, sejam quais forem que tenham em pauta.
            A autoconsciência é responsável pelo processo de mais fácil evolução do pensamento e das realizações humanas, porque faculta entender os significados psicológicos existenciais e os mecanismos que devem ser utilizados, a fim de serem logrados.
            A dependência de outrem e a transferência das suas responsabilidades para outrem, a necessidade de gurus e guias, ocultam a comodidade mental, moral e emocional, disfarçadas de confiança e de afeto por aqueles que lhes sirvam de condutores. A experiência é pessoal e intransferível, que cada qual terá que vivenciar, a fim da aprender, à semelhança do medicamento que deve ser utilizado pelo paciente que busca a cura e não por aquele que o ama, em forma de comportamento infantil absurdo.
            Essa insegurança, essa forma de manipulação emocional, decorre de culpa e de fuga no passado aos deveres que não foram cumpridos e que em nova reencarnação, deverão ser enfrentados para incorporar-se às conquistas evolutivas a que todos os espíritos são convocados.
            Esses indivíduos imaturos, quando amam desejam que os seus afetos assumam-lhes as responsabilidades, resolvam os seus problemas, enfrentem os seus dilemas, vivam por eles, demonstrando total desconserto emocional.
            Neles, os problemas do dia a dia, sempre assumem volumes exagerados, porque desejam facilidades e comodidades, atribuindo-se importância demasiada, que estão longe de possuir ou fogem para a intriga, a maledicência, sempre considerando-se vítimas de perseguições que estão na imagi8nação e no egoísmo doentio.
            Estão normalmente estressados com pequenas ocorrências, não suportando os necessários trabalhos de renovação e de reequilíbrio, que dependem exclusivamente deles.
            Porque todos os indivíduos são portadores de problemas, é natural que cada qual procure estímulo e orientação, melhores situações e acompanhamentos saudáveis, ao invés de aceitarem quem lhes explore os valores e permaneçam na inatividade ou no estado de dependência mórbida.
            São muitos os fatores que levam ao estresse, mas, ao mesmo tempo, inúmeros os recursos para a liberação das cargas opressoras, quando se desejem a mudança de comportamento e a aquisição do bem-estar.
            É inevitável a ansiedade em diversas situações, no entanto, sob controle e lucidez, evitando-se que atinja níveis psicológicos e orgânicos doentios.
            Quando se assentam os ideais em objetivos superiores e se realizam reflexões saudáveis e otimistas, naturalmente se adquirem forças morais para saber-se selecionar os fenômenos perturbadores daqueles que têm finalidades edificantes.
            É possível experienciar a ansiedade com equilíbrio, sem sofrimento nem distonia, consciente de que todo processo exige um tempo próprio para realizar-se, e que, nem sempre as questões se resolvem conforme parece a cada um, mas de acordo com as circunstâncias e possibilidades que lhes são próprias.
            Essa compreensão faculta a administração do processo de ansiedade dentro dos limites naturais e próprios das ocorrências do cotidiano.
            Educar a mente e o sentimento, constitui dever inicial para a superação de qualquer mecanismo estressante.

Do livro: CONFLITOS EXISTENCIAIS

Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis

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