- * - * - * - * - * - * - * - * - * - * -

- * - * - * - * - * - * - * - * - * - * -
Daisypath - Personal pictureDaisypath Anniversary tickers

CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

PROBLEMAS HUMANOS

      Os problemas humanos ou desafios existenciais fazem parte do organograma da evolução.
A criatura pensante é um ser incompleto ainda, em constante processo de aprimoramento, de trans­formações, em prolongado esforço para desenvolver os potenciais psicofísicos, parapsicológicos e mediú­nicos nela em latência.
Aferrada às impressões mais grosseiras do ego, face ao que considera como fatores indispensáveis à sobrevivência — valores materiais que propiciam ali­mentação, vestuário, repouso, prazer e tranqüilidade ante a doença e a velhice — desenvolve o apego e ex­terioriza o sentimento centralizador da posse, manten­do-se em alerta para a preservação desses bens, que lhe parecem de significado único, portanto, essenciais.
Qualquer ameaça, real ou imaginária, que possa produzir a perda, torna-se problema, que logo se in­corpora à conduta, gerando perturbação, desar.
Além desses, outros (problemas) há de natureza psicológica, como heranças reencarnacionistas, que ressumam em forma de fenômenos patológicos, in­quietadores.
Somem-se-lhes os que se derivam do inseguro in­ter-relacionamento pessoal, como decorrencia do que se consigna em condição de imperfeições da alma.
Os problemas enraízam-se, não raro, nos tecidos da malha delicada do psiquismo, avultando-se ou per­dendo o sentido, de acordo com as resistências fortes ou frágeis da personalidade individual.
O que a uns constitui gravame, aborrecimento, a outros não passa de insignificante acidente de percurso que estimula a marcha.
Quanto mais se valoriza o problema, mais vitali­dade se lhe oferece, aumentando-lhe a força de ação com os seus correspondentes efeitos.
Nas personalidades instáveis, normalmente os complexos psicológicos assumem as responsabilida­des pelas ocorrências problematizantes.
Quando algo em que se confia, ou do qual se es­pera resultado positivo, transforma-se em desastre, insucesso, o ego foge, escamoteia-o, por falta de cons­ciência lúcida, afirmando: Eu sou culpado.
A inferioridade psicológica desenvolve o comple­xo em que se refugia, e, mesmo quando em aparente conflito, nele se realiza, justifica-se, deixa de lutar.
Certamente, cada problema merece um tipo de atenção, de cuidado especial para a sua solução. Esse esforço deve ser natural, destituído dos estímulos ne­gativos do medo ou da ansiedade, de modo a analisar a situação conforme se apresente, e não consoante os fantasmas da insegurança desenhem na imagina­ção criativa — refúgio para a irresponsabilidade que não assume o papel que lhe diz respeito.
Em outros temperamentos, quando o problema se converte em dificuldade e ocorrência prejudicial, o ego estabelece: A culpa é do outro; ou da saúde; ou da fa­mília; ou do grupo social; ou da sociedade em geral, ou do destino...
Resolve-se a questão utilizando-se do complexo de superioridade, e mediante esta conduta coloca-se acima de qualquer suspeita de fragilidade, esconden­do-se nas justificativas de incompreendido, persegui­do, infeliz...
Evitando considerar o problema na sua real signi­ficação, passado o momento, compõe a consciência de culpa e esse mesmo ego recorre à condicional dos ver­bos, afligindo-se: Eu deveria ter feito de tal forma; eu poderia ter enfrentado; eu tentaria evitar...
Mecanismos perversos de imaturidade compõem a tecedura protetora do escapismo, para fugir das conseqüências dos problemas, cuja finalidade é tes­tar as possibilidades e valores de cada uma em par­ticular e de todas as criaturas em geral.
O problema humano, portanto, maior e mais ur­gente para ser eqüacionado, é a própria criatura.
Para consegui-lo, mister se torna o amadurecimen­to psicológico, decorrente do esforço sério e bem dire­cionado, do estudo do eu profundo e da sua busca in­cessante, que são as metas existenciais mais urgentes.
Na transitoriedade da condição humana, o eu pro­fundo deve emergir, desatando os inestimáveis recur­sos que lhe são inatos, graças aos quais o psiquismo comanda conscientemente a vida, abrindo o leque imenso das percepções paranormais.
Nesse elenco de registros parapsíquicos desabro­cham os recursos mediúnicos que propiciam o livre trânsito entre as duas esferas da vida: a física e a es­piritual.
Essa dilatação da capacidade parafísica propicia o mergulho do eu profundo — o Espírito — na causalida­de dos fenômenos humanos, assim interpretando, na origem, os problemas que sempre procedem das ex­periências anteriores.
Mesmo quando são atuais e começaram recente­mente, o ser que os enfrenta necessita deles, recupe­rando-se moralmente, trabalhando o amadurecimen­to, porquanto, o estado de infância psicológica de­corre da ausência de realizações evolutivas.
Ninguém permanece vivo sem o enfrentamento com os problemas, que existem para ser resolvidos, oferecendo o saldo positivo de evolução.

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis


x_3c9af347

Um comentário:

Anônimo disse...

Denise. Um ponto desse excelente texto me tocou pór estar continuamente ouvindo esse problema.

Quanto mais se valoriza um problema que temos maior se torna.

Obrigada pela visita,amiga.

Beijos e Paz Profunda.

Donetzka