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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


domingo, 17 de março de 2013

NECESSIDADE DE VALORIZAÇÃO I


        Os destrutivos gigantes da alma, que exteriorizam os tormentos e a imaturidade do ego, de alguma for­ma refletem um fenômeno psicológico, às vezes de procedência inconsciente, noutras ocasiões habilmente estabelecido, que é a necessidade da sua valorização.
Quando escasseiam os estímulos para esse come­timento do eu, sem crescimento interior, que não re­cebe compensação externa mediante o reconhecimento nem a projeção da imagem, o ego sobressai e fixa-se em mecanismos perturbadores a fim, de lograr atenção, desembaraçando-se, dessa forma, do con­flito de inferioridade, da sensação de incompletude.
Tivesse maturidade psicológica e recorreria a ou­tros construtores gigantes da alma, como o amor, o esforço pessoal, a conscientização, a solidariedade, a filantropia, desenvolvendo as possibilidades de enri­quecimento interior capazes de plenificação.
Acostumado às respostas imediatas, o ego infan­til deseja os jogos do prazer a qualquer preço, mesmo sabendo que logo terminam deixando frustração, amargura e novos anelos para fruir outros. A fim de consegui-lo e por não saber dirigir as aspirações, asfi­xia-se nos conflitos perturbadores e atira-se ao deses­pero. Quando assim não ocorre, volta-se para o mun­do interior e reprime os sentimentos, fechando-se no estreito quadro de depressão.
Renitente, faculta que ressumam as tendências do prazer, mascaradas de auto-aflição, de autoflage­lação, de autodepreciação.
Entre muitos religiosos em clima de insatisfação pessoal, essa necessidade de valorização reaparece em estruturas de aparente humildade, de dissimula­ção, de piedade, de proteção ao próximo, estando des­protegidos de si mesmos...
A humildade é uma conquista da consciência que se expressa em forma de alegria, de plenitude. Quan­do se manifesta com sofrimento, desprezo por si mes­mo, violenta desconsideração pela própria vida, exibe o lado oculto da vaidade, da violência reprimida e cha­ma a atenção para aquilo que, legitimamente, deve passar despercebido.
A humildade é uma atitude interior perante a vida; jamais uma indumentária exterior que desper­ta a atenção, que forja comentários, que compensa a fragilidade do ego.
O caminho para a conscientização, de vigilância natural, sem tensão, fundamentando-se na intenção li­bertadora, é palmilhado com naturalidade e cuidado.
Jesus, na condição de excepcional Psicoterapeu­ta, recomendava a vigilância antes da oração, como forma de auto-encontro, para depois ensejar-se a en­trega a Deus sem preocupação outra alguma.
(continua)

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis


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Um comentário:

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida amiga Denise
Jesus, o maior psicólogo que já existiu nos deixa galgar degraus num processo de estabilidade e crescimento (ascese)... É pura Misericórdia!!!
Bjm de paz e bem