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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ONDE SE ENCONTRAM OS VALORES MORAIS DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA?

          
               Os países lutam para ter ou manter o controle de matérias primas, fontes de energia, terras, bacias fluviais, passagens marítimas e outros recursos ambientais básicos. Nessa luta, surgem conflitos que tendem a aumentar à medida que os recursos escasseiam e aumenta a competição por eles. Estamos na iminência de desastres ecológicos de conseqüências imprevisíveis, em face da rota de colisão do homem com a natureza. Nos EUA, os furacões vão estremecendo as estruturas da sociedade americana; no Japão, tsunamis e terremotos desencadearam o pavor no povo nipônico; no Chile, o vulcão cuspiu sua força incandescente; no Rio de Janeiro e no Nordeste brasileiro, as tempestades destruíram milhares de vidas e bens.
                Na época de Kardec existia cerca de 1,5 bilhão de habitantes na Terra e estima-se que atingiremos, pelo menos, 11 bilhões daqui a poucas dezenas de anos. Daqui a três anos haverá cerca de 600 milhões de bocas a mais para se alimentar. A fome já castiga mais de 1 bilhão de pessoas. Para os espíritos, a Terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é que ele a emprega no supérfluo o que poderia ser empregado no necessário. A questão é que, em uma sociedade consumista, poucos se contentam com o necessário, por isso não há distinção entre consumismo e materialismo. Na questão 799 de O Livro dos Espíritos, Kardec indaga: de que maneira pode o espiritismo contribuir para o progresso? A resposta é categórica: destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade.
                Neste mundo contraditório, temos o cinismo de divulgar a paz produzindo as ogivas de guerra; ansiamos resolver os enigmas sociais intensificando a edificação das penitenciárias, bordeis e motéis. Cerca de 100 milhões de pessoas passaram à condição de pobreza extrema devido à recessão mundial resultante da crise financeira internacional de 2009. A cada cinco segundos morre uma criança na Terra em conseqüência da desnutrição. Segundo dados do UNICEF, 55% das mortes de crianças no mundo estão associadas à falta de comia. A Organização Mundial da Saúde estima existirem 100 milhões de crianças vivendo nas ruas do mundo subdesenvolvido ou em desenvolvimento, das quais mais de 10 milhões vivem no Brasil.
                Onze anos se passaram neste novo milênio, porém o resultado da larga arena de lutas fratricidas do século XX ainda ecoa nos vagidos de cada criança que renasce. As atuais teorias sociais permanecem em sua trajetória equivocada, tangendo não raro a linha tenebrosa do extremismo. É urgente que novas propostas teóricas interpretem a paz social em termos de valores mais transcendentes. Tais teses comprovarão a assertiva dos espíritos e do evangelho de que os bens materiais não trazem felicidade.
                Tempos de combates sinistros, desde os primeiros anos do século XX, a guerra se instalou com caráter permanente em quase todas as regiões do planeta. Todos os pactos de segurança da paz oriundos das convenções internacionais após a I Guerra Mundial, não foram senão fenômenos da própria guerra, que culminaram com o apogeu da II Guerra Mundial. A Europa e o Oriente constituem ainda hoje um campo vasto de agressão e terrorismo. Por isso, a América   recebeu o cetro da civilização e da cultura, na orientação dos povos porvindouros. Nos campos exuberantes do continente americano estão plantadas as sementes de luz da árvore maravilhosa da civilização do futuro, segundo Emmanuel.
                Onde se encontram os valores morais da sociedade contemporânea? Muitas religiões estão amordaçadas pelas injunções de ordem econômica e política. Somente a Doutrina dos Espíritos tem efetuado o esforço hercúleo de sustentar acesa a luz da crença nas plagas iluminadas da razão, da cultura e do direito. Embora, seja o esforço do espiritismo quase superior às suas próprias forças, mas o mundo não está à disposição dos ditadores terrestres. Jesus é o seu único diretor no plano das realidades imortais.
                Os benfeitores,que guiam os destinos da humanidade, se movimentam a favor do restabelecimento da verdade e da paz, a caminho de uma nova era. Emmanuel faz menção sobre uma nova reunião da comunidade das potências angélicas do sistema solar e que planejam reunirem-se, novamente, pela terceira vez, na atmosfera terrestre, deliberando novamente sobre os destinos da Terra. Que resultará dessa reunião dos espíritos superiores? Deus o sabe. Nas grandes transições do século que passa, aguardemos o seu amor e a sua misericórdia.
                Não desconsideramos, nessas reflexões, a rejeição que padecem os excluídos da sociedade, porquanto a ganância pelo dinheiro atinge patamares surrealistas. estarrece-nos a avidez dos adolescentes pelo sexo, quase sempre remetidos aos pântanos da indigência moral. Hoje em dia, as pessoas vacilam em sair às ruas, defronte dos assaltos e sequestros relâmpagos que têm ocorrido a todo o momento. São ocasiões de muita inquietude e de grande volubilidade emocional.               
                Ainda sofremos os ressaibos amargosos dos contrastes de uma suprema tecnologia no campo da informática, das telecomunicações, da genética, das viagens espaciais, dos supersônicos, dos raios laser, do mesmo modo em que ainda temos que coexistir com a febre amarela, a tuberculose, a AIDS, e com todos os tipos de droga.
                Nesse cenário fatídico, a mensagem do Cristo é um elixir poderoso, o mais confiável para a redenção social, que haverá de entranhar em todas as consciências humanas, como um dia penetrou no altruísmo de Vicente de Paulo, na solidariedade de irmã Dulce, na amabilidade de Francisco de Assis, na suprema ternura de Teresa de Calcutá, na humildade de Chico Xavier.
                Aprendamos a dilatar a misericórdia sem pieguismos, desenvolver generosidade que começa no procedimento de dar coisas, para culminar o dom de doarmo-nos , decididamente, ao próximo. Fazer algo de bom, e que ninguém saiba, especialmente por um desafeto qualquer. Nesse desempenho, podermos enunciar o sereno brado como o fez o Convertido de Damasco: já não sou quem vive, mas o Cristo é quem vive em mim.
                Para Emmanuel, as revelações do além-túmulo descerão às almas, como orvalho imaterial, preludiando a paz e a luz de uma nova era. Numerosas transformações são aguardadas e o espiritismo esclarecerá os corações, renovando a personalidade espiritual das criaturas para o futuro que se aproxima. Então, perguntar-lhe-ão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos sem teto e te hospedamos; ou despido e te vestimos? E quando foi que te soubemos doente ou preso e fomos visitar-te? O Rei lhes responderá: Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes.

Jorge Hessen


Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – setembro/2011              


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Um comentário:

Élys disse...

A humanidade passa por um momento difícil que preocupa até os espíritos superiores. Mas Deus em sua misericórdia fará que tudo volte há um patamar de amor, paz e fraternidade.
Beijos.