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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


domingo, 31 de março de 2013

PADRÕES DE COMPORTAMENTO: MUDANÇAS II


Nos comportamentos sociais estão estabelecidas as regras do bom-tom, para deixar e transmitir impres­sões agradáveis, compensadoras.
As pessoas submetem-se às pequenas ou grandes regras da etiqueta, do convívio social, sempre preocu­padas em dissimular os sentimentos, de modo que produzam os resultados adrede esperados.
Convive-se com indivíduos em muito encontros sociais, permanecendo, no entanto, todos desconhe­cidos entre si.
O comportamento cultural reúne as aquisições intelectuais, artísticas, desportivas, mediante as quais a exibição do ego gera constrangimentos perturbadores, às vezes despertando fenômenos competiti­vos e de presunção lamentável, em total desrespeito pelo si, pela pessoa humana real.
As preocupações financeiras de promoção egóica comprazem o indivíduo pela exposição desnecessária do desperdício e da dissolução, provocando estados auto-obsessivos-compulsivos de ser-se o maior, o mais extravagante, o de mais larga renda...
Logo após, nos raros momentos de auto-encon­tro, surgem-lhe as depressões, que são asfixiadas sob a ação dos alcoólicos, das drogas aditivas, da auto-emulação exibicionista com que foge da realidade interna para lugar nenhum.
O comportamento moral está sujeito aos imperati­vos legais, estabelecidos conforme o imediatismo dos interesses de grupos e legisladores, às vezes desavisa­dos, que pensam mais em seus prazeres do que no bem geral da comunidade que lhes paga para a servir...
Elaborando leis, desincumbindo-se do que lhes é dever, muitos desses homens públicos, insensatos, dão a impressão de que estão realizando algo extraordi­nário, que os sacrifica, e não aquilo para o que são regiamente remunerados.
Apóiam-se, então, em comportamento moral-so­cial de tendências egoísticas, sem qualquer conside­ração para com a vida.
Na área do comportamento religioso, inúmeras imposições castradoras contribuem para condutas fal­sas, sem qualquer consideração pelos fundamentos das Doutrinas que se devem pautar pelos processos de libertação das consciências, e não de apavoramen­to, de pressão, de hipocrisia, de discriminação.
Jesus conclamou os Seus seguidores à busca da Verdade que liberta, em cujo comportamento se fun­dem o ego e o eu, numa formulação de amor sem más­caras e sem conflitos.
Os padrões de comportamento normalmente se fixam em diretrizes que não atendem à realidade do ser, geralmente mutilado nas suas aspirações nobres de vida, nos relacionamentos dignos, confiantes, sau­dáveis...
A certeza da imortalidade da alma abre um elen­co de comportamentos autenticados pela educação espiritual na busca do vir-a-ser, do transformar-se, do encontrar o Outro.
O Outro, que facilita o diálogo, Deus, é a Fonte que se deve buscar para atingir a plenitude, a felici­dade existencial.

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
                                        
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sábado, 30 de março de 2013

PADRÕES DE COMPORTAMENTO: MUDANÇAS I



       O comportamento desvela ao exterior a realida­de íntima do ser humano. Nem sempre, porém, tal manifestação se reveste de autenticidade, pois que muitos fatores contribuem para mascarar-se o que se é, numa demonstração apenas do que se aparenta ser.

De acordo com a maturidade ou não do ser psi­cológico, a comunicação padece dificuldades que so­mente poderão ser sanadas quando existir um pro­pósito firme para o êxito.
Há uma tendência natural para o disfarce do ego, quando prevalece um impulso dominante para a con­vivência, a experiência social, o diálogo.
A ausência de tais imperativos contribui para o desequilíbrio emocional e, por conseqüência, para os estados psicopatológicos que se multiplicam avas­saladores.
A comunicação desempenha, em todas as vidas, um papel relevante, quando visceral, emocional, livre, sem as pressões da desconfiança e da insegurança pessoal.
À medida que o ser se descerra em narrativa afe­tuosa ou amiga, o interlocutor, sentindo-se acompa­nhado, descobre-se. Enquanto coordena as idéias para o diálogo, auto-analisa-se, identifica-se, facilitando o próprio entendimento.
Liberando-se das conversações feitas de interro­gações-clichês desinteressantes, penetra-se e faculta ao outro a oportunidade de igualmente desvelar-se.
Quando se repartem informações no inter-relacio­namento pessoal, compartem-se emoções.
Quando a conversação, no entanto, é trivial, os clichês sem sentido e costumeiros não dizem nada. Quando se indaga: — Como vai? — a resposta é inevitá­vel: — Bem, obrigado!
Mesmo porque, se o interrogado se resolvesse di­zer como realmente vai, é bem provável que o interlo­cutor não tivesse nenhum interesse em ouvir-lhe a res­posta mais complexa e profunda. Talvez a aceitasse de maneira surda, desinteressadamente, com enfado.
Na grande mole humana destacam-se os biótipos introvertidos e extrovertidos.
Os primeiros, na etapa inicial do desenvolvimen­to psicológico, assumem uma atitude tímida e fazem a introspecção. Passada a fase de auto-análise, torna-se-lhes indispensável a extroversão, o relacionamen­to, rompendo a cortina que os oculta e desvelando-se.
Os segundos, normalmente, escondem a sua re­alidade e conflitos erguendo uma névoa densa pela exteriorização que se permitem, inseguros e instáveis. Descobrindo-se honestamente, diminuem a loquaci­dade e, reflexionando, assumem um comportamento saudável, sem excesso de ruídos nem ausência deles.
Os padrões de comportamento estão estabeleci­dos através de parâmetros nem sempre fundamenta­dos em valores reais. Aceitos como de conveniência, aqueles que foram considerados corretos, podem ser classificados como sociais, culturais, morais e religio­sos... Em todos eles existem regras estatuídas pelo ego, para uma boa apresentação, que quer significar engodo, em detrimento do eu profundo ao processo de constantes mudanças e crescimentos.

(continua)

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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sexta-feira, 29 de março de 2013

HISTÓRIA - Não Julgueis

         
Numa época em que tudo ou quase tudo era novidade, existiam três pessoas que nunca tinham visto um espelho. O esposo de uma delas foi trabalhar em São Paulo. Depois de um longo período de trabalho, resolveu mandar um presente para a esposa. Ora, tendo ido a uma loja se deparou com um espelho. Porém, sem saber o que era, olhado para o mesmo, disse: “Que pintura bonita. Deve ser de um artista muito famoso”. Sem demoras, comprou o espelho e enviou à sua esposa. Ao receber o presente, ela ficou muito feliz. Porém, ao abri-lo disse: “Cabra safado, mentiroso. Inventou de trabalhar em São Paulo para procurar outra mulher e ainda teve a cara de pau de me enviar a foto dela”.
            Decepcionada, chamou a sua mãe para ver o presente. Ao olhar no espelho, disse sua mãe: “É verdade minha filha. Mas não se preocupe, porque além de ser velha, a amante de seu marido é muito feia”.
            O que essa história tem a ver com todos nós? Se atentarmos bem, o homem que viu o espelho e se encantou com a própria imagem, é aquele que vive dentro da gente, que só enxerga suas próprias qualidades e ignora seus defeitos. As mulheres do texto também estão dentro de nós, quando, diante de nosso irmão, que é o nosso espelho, somos incapazes de reconhecer suas qualidades e só atentamos para o seu lado negativo. Como a esposa do homem, somos céleres em emitir julgamentos falsos, condenando aquele que fracassou e menosprezando o que divide sua jornada conosco. Com uma facilidade indescritível, vestimos a toga de juízes, colocamos nossos irmãos no banco dos réus, emitindo a mais cruel e dura das sentenças.

Orlando Ribeiro

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – Nov/2012


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quinta-feira, 28 de março de 2013

AJUDE A VOCÊ MESMO

Não ambicione do seu vizinho senão os dons excelentes que lhe exornam o espírito.

Não permita que os dissabores governem o leme de seu destino.

Não entregue o templo de sua memória às más impressões.

Não retire sua experiência dos fundamentos espirituais.

Não se esqueça de que o ideal superior, objeto de sua admiração, deve corporificar-se em seus caminhos.

Não se prenda ao mal; no entanto, não se desvie das obrigações de fraternidade para com aqueles que foram atingidos pelo mal.

Não apague o archote da fé em seus dias claros, para não falte luz a você nos  dias escuros.

Não fuja às lições da estrada evolutiva, por mais difíceis e dolorosas, a fim de que a vida, mais tarde, lhe abra o santuário da sabedoria.

Não lhe falte tempo para cultivar o que é belo, eterno e bom.

Não olvide que a justiça institui a ordem universal, mas ó o amor dilata a obra divina.

Do livro: Agenda Cristã – Chico Xavier/André Luiz


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quarta-feira, 27 de março de 2013

IRMÃO



Agradecemos Senhor!
Almas Em Prova
Chamamento E Serviço
Conquistar E Conquistar-Se
Deus Vem Vindo
Escolha
No Culto Da Caridade
No Reino Do Coração
O Reino De Deus Está Próximo
Obediência
Influências Ocultas
Palavra Em Palavra
Paz E Amor
Perante O Mundo
Perdão E Consciência
Perfeição E Aperfeiçoamento
Preparação
Renúncia
Respeito Mútuo
Segue Construindo

Fonte: Irmão – Chico Xavier/Espíritos Diversos


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segunda-feira, 25 de março de 2013

BRILHE VOSSA LUZ


Meu amigo, no vasto caminho da Terra, cada criatura procura o alimento  espiritual que lhe corresponde à posição evolutiva.
A abelha suga a flor, o abutre reclama despojos, o homem busca emoções.
Mas ainda mesmo no terreno das emoções, cada espírito exige tipos especiais.
Há sofredores inveterados que outra coisa não demandam além do sofrimento, pessimistas que se enclausuram em nuvens negras, atendendo a propósito deliberado, durante séculos. Suprem a mente de torturas contínuas e não pretendem construir senão a piedade alheia, sob a qual se comprazem.
Temos os ironistas e caçadores de gargalhadas que apenas solicitam motivos para o sarcasmo de que se alimentam.
Observamos os discutidores que devoram páginas respeitáveis, com o único objetivo de recolher contradições para sustentarem polêmicas infindáveis.
Reparamos os temperamentos enfermiços que sorvem tóxicos intelectuais, através de livros menos dignos, com a incompreensível alegria de quem traga envenenado licor.
Nos variados climas do mundo, há quem se nutra de tristeza, de insulamento, de prazer barato, de revolta, de conflitos, de cálculos, de aflições, de mentiras...
O discípulo de Jesus, porém - aquele homem que já se entediou das substâncias deterioradas da experiência transitória -, pede a luz da sabedoria, a fim de aprender a semear o amor em companhia do Mestre...
Para os companheiros que esperam a vida renovada em Cristo, famintos de claridade eterna, foram escritas as páginas deste livro despretensioso.
Dentro dele, não há palavras de revelação sibilina.
Traduz, simplesmente, um esforço para que nos integremos no Evangelho, celeiro divino do nosso pão de imortalidade.
Não é exortação, nem profecia.
É apenas convite.
Convite ao trabalho santificante, planificado no Código do Amor Divino.
Se a candeia ilumina, queimando o próprio óleo, se a lâmpada resplende, consumindo a energia que a usina lhe fornece, ofereçamos a instrumentalidade de nossa vida aos imperativos da perfeição, para que o ensinamento do Senhor se revele, por nosso intermédio, aclarando a senda de nossos semelhantes.
O Evangelho é o Sol da Imortalidade que o Espiritismo reflete, com sabedoria, para a atualidade do mundo.
Brilhe vossa luz! - proclamou o Mestre.
Procuremos brilhar! - repetimos nós.

Fonte: Vinha de Luz – Chico Xavier/Emmanuel


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domingo, 24 de março de 2013

EVOLUÇÃO DA ALMA ANIMAL


Os animais existem no plano espiritual e evoluem dali para encarnações em escala mais elevada, ou voltam à Terra como cães mesmo?
Assim como ocorre conosco, os animais evoluem mais no mundo físico do que no plano espiritual, porque a experiência neste planeta não pode ser comparada com o que ocorre lá. Nele, ocorrem os sofrimentos morais mais adequados aos seres humanos e não aos animais, que mais necessitam das experiências físicas como encarnados. Por isso, espíritos encarnados como animais necessitam da experiência no corpo físico para evoluir e não poderiam estar em outra espécie, a menos que já tenham terminado o estágio naquela fase. Mesmo antes de avançar para fase evolutiva em outra espécie animal, é necessário que passe por outras intermediárias, estagiando no plano espiritual como seres espirituais.

Fonte: A Espiritualidade dos Animais – Marcel Benedeti


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sábado, 23 de março de 2013

CRUELDADE II


                A timidez pode ser considerada uma autocrueldade. O acanhado vigia-se e, ao mesmo tempo, vigia os outros, vivendo numa autoprisão. Em razão de ser aceito por todos, ele não defende sua vontade, mas sim a vontade das pessoas. Pensa que há algo de errado com ele, não desenvolve a autoconfiança e, continuamente, se esconde por inibição.
                Pensar e agir, defendendo nosso íntimo e nossos direitos inatos e, definindo nossas perspectivas pessoais, sem subtrair os direitos dos outros, é a imunização contra a autocrueldade.
                Para vivermos bem com nós mesmos, é preciso estabelecermos padrões de auto-respeito, aprendendo a dizer não.
                As criaturas que procuram bajulação e exaltação martirizam-se para não cometer erros, pois a censura, a depreciação e a desestima é o que mais as atemorizam. Esquecem-se de que os erros são significativas formas de aprendizagem das coisas. É muito compreensível faltarmos à lógica numa tomada de decisão, ou mudarmos de idéia no meio do caminho; no entanto, quando errarmos, será preciso que assumamos a responsabilidade pelos nossos desencontros e desacertos e apreendamos o ensinamento da lição vivenciada.
                Quem busca consenso, crédito e popularidade não julga seus comportamentos por si mesmos, mas procura, ansiosamente, as palmas dos outros, oferecendo inúmeras razões para que suas atitudes sejam totalmente consideradas.
                Vivendo e seguindo seus próprios passos, poderá inicialmente encontrar dificuldades momentâneas, mas, com o tempo, será recompensado com um enorme bem-estar e uma integral segurança de alma.
                Estar alheio ou sair de si mesmo, na ânsia de ser amado por todos aqueles que considera modelos importantes, será uma meta alienada e inatingível. O único modo de alcançar a felicidade é viver, particularmente, a própria vida.
                A fixação que temos de olhar o que os outros acham ou acreditam, sem possuirmos a real consciência do que queremos, podemos, sentimos, pensamos e almejamos, é o que promove a destruição em nossa vida interior, ou seja, o esfacelamento da própria unidade como seres humanos e, por conseqüência, nossa unidade com a vida que está em tudo e em todos.
                Pertencer-se a si mesmo, conforme nos asseveram os espíritos, é exercer a liberdade de não precisar conciliar as opiniões dos homens e de livrar-se das amarras da tirania social, da escravidão do convencionalismo religioso, das vulgaridades do consumismo, da constrição de ser dependente, enfim, do medo do que dirão os outros.
                A solução para a autocrueldade será a nossa tomada de consciência de que temos a liberdade por direito que vem da natureza. Contudo, de quase nada nos servirá a liberdade exterior, se não cultivarmos uma autonomia interior, porque quem está internamente entre grilhões e  amarras jamais poderá pensar e agir livremente.

Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed


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sexta-feira, 22 de março de 2013

CRUELDADE I


                De todas as violências que padecemos, as que fazemos contra nós mesmos são as que mais nos fazem sofrer. Nessa crueldade, não se derrama sangue, somente se constroem cercas e cercas, que passam a nos sufocar e a nos afligir por dentro.
                A covardia é mãe da crueldade. É assim que se inicia nossa auto-agressão. Em razão de nossa fragilidade interior e de nossos sentimentos de inferioridade, aparece o temor, que nos impede de expressar nossas mais íntimas convicções, dificultando-nos falar, pensar e agir com espontaneidade ou descontração.
                A autocrueldade é, sem dúvida, a mais dissimulada de todas as opressões. Além de vir adornada de fictícias virtudes (aparente mansidão, paciência e serenidade), recebe também os aplausos e as considerações de muitas pessoas, mas, mesmo assim, continua delimitando e esmagando brutalmente. Essa atmosfera virtuosa que envolve os que buscam ser sempre admirados e aceitos deve-se ao papel que representam incessantemente de satisfazer e de contentar a todos, em quaisquer circunstâncias. Buscam contínuos elogios, colecionando reverências e sorrisos forçados, mas pagam por isso um preço muito alto: vivem distantes de si mesmos.
                A causa básica do autotormento consiste em algo muito simples: viver a própria vida nos temos estabelecidos pela aprovação alheia.

Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed

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quinta-feira, 21 de março de 2013

PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS


       Naquela noite, dois jovens se casariam.
       O casamento seria celebrado à noite, como era costume no tempo de Jesus.
       Havia primeiro a cerimônia religiosa, na casa da noiva. Depois, então, a festa do casamento, na resi­dência do noivo.
       Os convidados saiam da casa da noiva forman­do uma procissão. Todos carregavam lâmpadas de azeite ou tochas acesas, porque as ruas eram escuras. Naqueles tempos, não havia iluminação a gás nem luz elétrica. A procissão, começando da casa da noiva, se dirigia para a casa do noivo.
       Algumas pessoas convidadas, que não puderam assistir ao ato religioso, esperavam, em frente às suas casas, a passagem do cortejo, a fim de se diri­girem à residência do noivo para as festas do casa­mento.
       As cerimônias religiosas demoraram, porém, bastante tempo na residência da noiva.
       Dez moças que não puderam ir lá, estavam espe­rando a passagem do cortejo, quando o noivo, a noi­va e os convidados viessem para a casa do primeiro.
       Dessas dez moças, cinco eram tolas e desajui­zadas. As outras cinco eram prudentes.
       Todas sabiam que não era permitido tomar parte na procissão sem suas lâmpadas ou tochas.
       As tolas, porque não tinham cuidado, levavam as lâmpadas com pouco azeite, mas, as prudentes levavam as lâmpadas e também umas pequenas va­silhas com azeite.
       O noivo estava tardando...
       — Por que estará demorando tanto, a cerimônia religiosa? — perguntavam as moças, uma às outras.
Sentadas, vencidas pelo cansaço, todas elas ador­meceram.
Já era meia-noite, quando alguém, que vinha à frente da procissão, gritou: “Eis o noivo! Venham os convidados ao seu encontro!”
As dez moças, então, se levantaram depressa e prepararam as suas lâmpadas, acendendo-as.
As cinco moças desajuizadas disseram, nesse momento, às outras cinco:
— Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâm­padas estão se apagando... Elas têm pouco azeite...
As prudentes, porém, responderam, com delica­deza:
— Infelizmente, amigas, não é possível, porque o azeite que temos não chega para nós e para vós. Ide ao vendedor e comprai-o para vos...
As cinco moças imprevidentes foram fazer a compra, buscando o vendedor naquela hora tardia da noite. E por isso, demoraram bastante...
A procissão passou, as cinco moças prudentes entraram no cortejo e todos chegaram à casa do noivo. Imediatamente foi fechada a porta, como era costume.
Mais tarde, as cinco moças sem juízo chegaram. A porta já estava fechada.
— Que faremos? — perguntavam elas entre si.
— Batamos à porta — disse uma.
Bateram, gritando:
— Senhor, senhor, abre a porta para nós!
O noivo, porém, da janela do sobrado, disse para as moças que estavam na rua:
— Agora não é mais possível... Não vos conheço!
E elas não puderam entrar. Se tivessem sido cuidadosas, estariam na festa juntamente com todos os convidados...
(Mateus, capítulo 25º, versículos 1 a 13)

*

Esta parábola é um convite do nosso Divino Mestre para que sejamos vigilantes, isto é, cuida­dosos.
Devemos estar sempre prontos para o cumpri­mento do nosso dever. Devemos estar sempre pron­tos para responder à chamada de Jesus para qual­quer serviço, pequenino que seja, na Seara do Evan­gelho. Devemos estar sempre prontos para a hora desconhecida em que Ele nos chamar desta vida presente para a vida espiritual.
Isso é que significa vigilância. Cuidemos, pois, de nossas almas com muito zelo. Sejamos como as moças prudentes da parábola, que traziam suas lâm­padas e mais as vasilhas de azeite. Devemos trazer nossas almas como lâmpadas sempre acesas, ali­mentadas com o azeite da Palavra Divina.
O azeite, na parábola, não pôde ser emprestado. Assim sendo, cada um de nós deve cui­dar de conseguir o próprio azeite para sua lâmpada, isto é, cada um deve cuidar de aperfeiçoar e iluminar seu próprio coração, pois, não podemos chegar a Jesus pelos merecimentos dos outros. É a “lei de esforço próprio” de que tem falado, muitas vezes, nosso grande Benfeitor Espiritual Emmanuel.
Atenção para outro ensinamento: Devemos cuidar da iluminação de nossa alma enquanto é tempo. Não procedamos como as virgens sem juizo, que deixaram a compra do azeite para última hora. Por não serem cuidadosas, perderam o direito de entrada às festas do casamento. Se não cuidarmos também, com antecedência, do aperfei­çoamento de nosso Espírito, não teremos ingresso às Moradas Luminosas de paz, de felicidade e de coo­peração com Deus.

Do livro: HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU
CLÓVIS TAVARES                                          

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quarta-feira, 20 de março de 2013

LIBERDADE


      É perfeitamente normal o empenho do cidadão em favor da sua libertação total, passo esse valioso na conquista de si mesmo. Todavia, pouco esclarecido e vitimado pelas compressões que o alucinam, utiliza-se dos instrumentos da re­beldia, desencadeando lutas e violência para lograr o que as­pira como condição fundamental de felicidade.
A violência porém, jamais oferece a liberdade real.
       Somente mediante a responsabilidade, o homem se liber­ta, sem tornar-se libertino ou insensato.
       A sociedade, que fala em nome das pessoas de sucesso, estabelece que a liberdade é o direito de fazer o que a cada qual apraz, sem dar-se conta de que essa liberação da vonta­de, termina por interditar o direito dos outros, fomentando as lutas individuais, dos que se sentem impedidos, espocando nas violências de grupos e classes, cujos direitos se encon­tram dilapidados.
Se cada indivíduo agir conforme achar melhor, conside­rando-se liberado, essa atitude trabalha em favor da anarquia, responsável por desmandos sem limites.
Em nome da liberdade, atuam desonestamente os vende­dores das paixões ignóbeis, que espalham o bafio criminoso das mercadorias do prazer e da loucura.
A denominada liberação sexual, sem a correspondente maturidade emocional e dignidade espiritual, rebaixou as fon­tes genésicas a paul venenoso, no qual, as expressões aber­rantes assumem cidadania, inspirando os comportamentos alienados e favorecendo a contaminação das enfermidades degenerativas e destruidoras da existência corporal. Ao mes­mo tempo, faculta o aborto delituoso, a promiscuidade mo­ral, reconduzindo o homem a um estágio de primarismo dan­tes não vivenciado.
A liberdade é um direito que se consolida, na razão direta em que o homem se autodescobre e se conscientiza, podendo identificar os próprios valores, que deve aplicar de forma edificante, respeitando a natureza e tudo quanto nela existe.
A liberdade começa no pensamento, como forma de aspi­ração do bom, do belo, do ideal que são tudo quanto fomenta a vida e a sustenta, dá vida e a mantém.
Qualquer comportamento que coage, reprimes viola é ad­versário da liberdade.
Examinando o magno problema da liberdade, Jesus sin­tetizou os meios de consegui-la, na busca da verdade, única opção para tornar o homem realmente livre.
A verdade, em síntese, que é Deus — e não a verdade con­veniente de cada um, que é a forma doentia de projetar a pró­pria sombra, de impor a sua imagem, de submeter à sua, a vontade alheia — constitui meta prioritária.
       Livre, é o Espírito que se domina e se conquista. movi­mentando-se com sabedoria por toda parte, idealista e amo­roso, superando as injunções pressionadoras e amesquinhantes.
Nenhuma pressão de fora pode levar à falta de liberdade, quando se conseguir ser lúcido e responsável interiormente, portanto, livre.
Não se justifica, deste modo, o medo da liberdade, como efeito dos fatores extrínsecos, que as situações políticas, so­ciais e econômicas estabelecem como forma espúria de fazer que sobrevivam as suas instituições, subjugando aqueles que vencem. O homem que as edifica, dá-se conta, um dia, que dominando povos, grupos, classes ou pessoas também não é livre, escravo, ele próprio, daqueles que submete aos seus caprichos, mas lhe roubam a opção de viver em liberdade.
Não há liberdade quando se mente, engana, impõe e atrai­çoa.
A liberdade é uma atitude perante a vida.
Assim, portanto, só há liberdade quando se ama consci­entemente.

Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis


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terça-feira, 19 de março de 2013

DROGAS, MELHOR NEM EXPERIMENTAR


                O álcool é o problema número um de drogas entre jovens e é a porta de entrada para outras drogas como a cocaína e o crack. Porém, ninguém se torna alcoólatra de um dia para outro, mas inicia experimentando. O vício vai se imponde aos poucos, como uma necessidade que deve ser regularmente satisfeita, até que a pessoa se torne completamente dependente. Segundo os especialistas, alguém que não consegue passar uma semana sem tomar bebida alcoólica é considerado alcoólatra.
                Entre os efeitos do uso do álcool estão os desajustes no lar, desemprego, acidentes de trânsito, perda da memória, lesões cerebrais, doenças cardíacas, câncer, problemas no fígado, pâncreas, alienação mental, impotência sexual.
                O álcool também atinge o corpo espiritual, liberando toxinas que impregnam o perispírito e fazem com que a dependência prossiga depois do desencarne. O perispírito imprime as conseqüências dessas lesões nas futuras organizações fisiológicas que terão predisposição ao alcoolismo.
                O dependente de álcool e de outras drogas se transforma em instrumento dos espíritos inferiores e ou viciados que saciam seus desejos através do encarnado, e incentivam que ele continue a se drogar, para que o desencarnado possa continuar usufruindo dos fluidos também. Essa influência se dá pela sintonia e, muitas vezes, acontece porque o desencarnado quer se vingar do encarnado, e as drogas são um poderoso meio de comprometimento/destruição de uma encarnação.
                Quem se droga comete suicídio indireto, devido ao mau uso que faz do seu corpo físico. E responderá, depois de desencarnado, pelo seu uso durante a existência corpórea. Quem desencarna viciado, continua necessitado no mundo espiritual, obsediando encarnados para sustentar o vício. Isso ocorre até que o espírito se dê conta das suas atitudes equivocadas, arrependa-se e decida resgatar seus erros através de uma nova e difícil encarnação no corpo físico.
O combate ao uso do álcool e de outras drogas deve iniciar em casa, com diálogo, esclarecimento acerca dos malefícios e, principalmente pelo exemplo que os pais e responsáveis oferecem às crianças e jovens. É preciso atentar para o que se diz, pois é uma mensagem contraditória proibir um filho de beber, se o pai ou a mãe bebem socialmente, apenas para relaxar ou oferecem bebidas alcoólicas às visitas.
                Nas conversas com crianças e jovens a respeito de drogas, talvez o mais importante seja fazê-lo perceber que a melhor atitude é não experimentá-las, pois é importante manter-se longe de experiências que podem ter conseqüências desastrosas. E diante da insistência para que experimentem ou usem substâncias que levam à dependência química e psíquica, auxiliá-los, com informações que ofereçam a certeza de que as drogas fazem mal ao corpo e ao espírito.
                A Doutrina Espírita contribui para que os jovens encontrem um sentido existencial, longe das drogas, esclarecendo o que somos, de onde viemos, porque aqui nos encontramos, porque sofremos e para onde vamos. Na Casa Espírita, o passe auxilia no reequilíbrio das emoções, na desintoxicação, na restauração do perispírito; a água magnetizada contribui para saúde integral; a desobsessão promove a interrupção entre o intercâmbio mental entre obsediado e obsessores; a oração auxilia a haurir forças, inspiração e confiança em si mesmo e em Deus; e os ensinamentos da Doutrina Espírita renovam as possibilidades de crescimento íntimo e novo ânimo.


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segunda-feira, 18 de março de 2013

NECESSIDADE DE VALORIZAÇÃO II


        A Sua proposta é atual, porquanto o inimigo do homem está nele, que vem herdando de si mesmo atra­vés dos tempos, na esteira das reencarnações pelas quais tem transitado. Trata-se do seu ego, dissimulador hábil que conspira contra as forças da libertação.
Não podendo fugir de si mesmo nem dos fatores arquetípicos coletivos, o ser debate-se entre o passa­do de sombras — ignorância, acomodação, automatis­mos dos instintos — e o futuro de luz — plenitude atra­vés de esforço tenaz, amor e auto-realização — recor­rendo aos dias presentes, conturbados pelas heran­ças e as aspirações. No entanto, atraído pela razão à sua fatalidade biológica — a morte — transformação do soma — histórica — a felicidade — e espiritual — a liber­dade plena — vê o desmoronar dos seus anseios e re­constrói os edifícios da esperança, avançando sem cessar e conquistando, palmo a palmo, a terra de nin­guém, onde se expressam as próprias emoções con­turbadas.
Essa necessidade de valorização egóica pode ser transformada em realização do eu mediante o contri­buto dos estímulos.
Cada ação provoca uma reação equivalente. Quan­do não se consegue uma resposta através de um estí­mulo positivo, o estímulo expressa-se agressivo. Os estímulos são fontes de energia. Conforme dirigidos, brindam com resultados correspondentes.
O ego que sente necessidade de valorização, sem o contributo do self em consonância, utiliza-se dos es­tímulos negativos e agressivos para compensar-se, sejam quais forem os resultados.
O importante para o seu momento não é a qualidade da resposta esti­muladora, mas a sua presença no proscênio onde se considera ausente.
Verdadeiramente, no inter-relacionamento social, quando todos se encontram, o ego isola suas vítimas para chamar a atenção ou bloqueia-as de tal forma que não ficam ausentes, porém tornam-se invisíveis. Encontram-se no lugar, todavia, não estão ali. Essa invisibilidade habilmente buscada compensa o confli­to do ego, mantendo a autoflagelação de que não é notado, não possui valores atraentes. Tal mortificação neurótica introjeta as imagens infelizes e personagens míticas do sofrimento, que lhe compõem o quadro de desamparo emocional de desdita pessoal.
Nesse comportamento doentio do ego, a necessi­dade de valorização, porque não possui recursos rele­vantes para expor, expressa-se na enganosa autoco­miseração que lhe satisfaz as exigências perturbadoras, e relaxa, completando-se emocionalmente.
Quando o self assoma e governa o ser, os estímu­los são sempre positivos, mesmo que tenham origem negativa ou agressiva, porque exteriorizam o bem-es­tar que lhe é próprio.
Não se contamina nem se amargura, porque, em equilíbrio, possui valor, não tendo necessidade de va­lorização.

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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domingo, 17 de março de 2013

NECESSIDADE DE VALORIZAÇÃO I


        Os destrutivos gigantes da alma, que exteriorizam os tormentos e a imaturidade do ego, de alguma for­ma refletem um fenômeno psicológico, às vezes de procedência inconsciente, noutras ocasiões habilmente estabelecido, que é a necessidade da sua valorização.
Quando escasseiam os estímulos para esse come­timento do eu, sem crescimento interior, que não re­cebe compensação externa mediante o reconhecimento nem a projeção da imagem, o ego sobressai e fixa-se em mecanismos perturbadores a fim, de lograr atenção, desembaraçando-se, dessa forma, do con­flito de inferioridade, da sensação de incompletude.
Tivesse maturidade psicológica e recorreria a ou­tros construtores gigantes da alma, como o amor, o esforço pessoal, a conscientização, a solidariedade, a filantropia, desenvolvendo as possibilidades de enri­quecimento interior capazes de plenificação.
Acostumado às respostas imediatas, o ego infan­til deseja os jogos do prazer a qualquer preço, mesmo sabendo que logo terminam deixando frustração, amargura e novos anelos para fruir outros. A fim de consegui-lo e por não saber dirigir as aspirações, asfi­xia-se nos conflitos perturbadores e atira-se ao deses­pero. Quando assim não ocorre, volta-se para o mun­do interior e reprime os sentimentos, fechando-se no estreito quadro de depressão.
Renitente, faculta que ressumam as tendências do prazer, mascaradas de auto-aflição, de autoflage­lação, de autodepreciação.
Entre muitos religiosos em clima de insatisfação pessoal, essa necessidade de valorização reaparece em estruturas de aparente humildade, de dissimula­ção, de piedade, de proteção ao próximo, estando des­protegidos de si mesmos...
A humildade é uma conquista da consciência que se expressa em forma de alegria, de plenitude. Quan­do se manifesta com sofrimento, desprezo por si mes­mo, violenta desconsideração pela própria vida, exibe o lado oculto da vaidade, da violência reprimida e cha­ma a atenção para aquilo que, legitimamente, deve passar despercebido.
A humildade é uma atitude interior perante a vida; jamais uma indumentária exterior que desper­ta a atenção, que forja comentários, que compensa a fragilidade do ego.
O caminho para a conscientização, de vigilância natural, sem tensão, fundamentando-se na intenção li­bertadora, é palmilhado com naturalidade e cuidado.
Jesus, na condição de excepcional Psicoterapeu­ta, recomendava a vigilância antes da oração, como forma de auto-encontro, para depois ensejar-se a en­trega a Deus sem preocupação outra alguma.
(continua)

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis


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sábado, 16 de março de 2013

HISTÓRIA - Final Feliz


Um filho pergunta à mãe: 
- Mãe, posso ir ao hospital ver meu amigo? Ele está doente!
- Claro, mas o que ele tem?
 O filho, com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
 A mãe,  furiosa, diz:
-E você  quer ir lá para quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe, com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!
Uma última lágrima cai de seus olhos e, acompanhado de um sorriso, ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:
- EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VINHA!
 

Moral da história: A amizade não se resume só em horas boas, alegria e festa.
Amigo é para todas as horas, boas ou ruins,tristes ou alegres..
CONSERVEM SEUS AMIGOS! PERDOE AS DESAVENÇAS QUANDO HOUVER,
SEJA FELIZ AO LADO DELES PORQUE O VALOR QUE ELES TÊM NÃO TEM PREÇO... 

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sexta-feira, 15 de março de 2013

CONSULTE O BEM


O maledicente desejará que você observe, tanto quanto ele, o lado desagradável da vida alheia.

A criatura vacilante e frágil esperará que suas forças sejam quebradiças.

O discutidor aguardará seu comparecimento às disputas, a propósito de tudo e de todos.

O ingrato não se alegrará em vê-lo reconhecido aos outros.

O personalista não se regozijará, identificando-lhe o respeito aos adversários.

O revoltado tentará afivelar a máscara da rebeldia ao seu rosto.

O incompreensível procurará mergulhar sua mente no fundo das perturbações.

O neurastênico pedir-lhe-á não sorrir.

O insensato reclamará sua adesão à loucura.

O homem imperfeitamente espiritualizado sempre busca igualar os semelhantes a si mesmo. Lembre-se, contudo, de que você é você, com tarefa original e responsabilidades diferentes e, se pretende a felicidade real, não deve esquecer a consulta aos padrões do bem, com o Cristo, em todas as horas de sua vida.

Do livro: Agenda Cristã – Chico Xavier/André Luiz

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quinta-feira, 14 de março de 2013

QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." -Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.
Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.
Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.
O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.
Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.
A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.
É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.
O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Fonte: Vinha de Luz - Chico Xavier/Emmanuel


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quarta-feira, 13 de março de 2013

EVOLUÇÃO DA ALMA ANIMAL


Há alguma diferença em termos de evolução entre aves, peixes e mamíferos, também no aspecto espiritual?
            Estas espécies são fases evolutivas pelas quais todos os seres passam em uma determinada fase da vida como princípio inteligente, isto é, todos os animais passam por elas. A evolução começa desde as fases mais primitivas possíveis e passam por outras sequentes, cada vez mais avançadas. Entre as espécies citadas os peixes estão nas faixas mais primitivas. Após eles, as aves são mais evoluídas e depois os mamíferos. Os peixes, mais primários, necessitam de muito tempo para atingir patamares mais elevados. Os mamíferos estão mais próximos do patamar da humanidade, mas isso não significa que ocorrerá em breve. Mesmo um animal que estagie, por exemplo, em um corpo de cão, não significa que em pouco tempo será um ser humano. São necessários milhares de encarnações antes disso. Antes de se tornarem aptos à humanidade, precisam aprender tudo o que a fase de peixes oferece, depois tudo o que a fase de aves oferece para depois passar por outras fases seqüentes, como a dos mamíferos, para somente depois adentrar a nossa fase, ou seja, a humana. Não há favoritismo no universo e todos os seres aperfeiçoam-se à medida que angariam as experiências de cada fase.

Fonte: A Espiritualidade dos Animais – Marcel Benedeti

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terça-feira, 12 de março de 2013

O ADOLESCENTE E O SUICÍDIO III


Desfilam os líderes da aberração nos carros do triunfo enganoso, e muitos deles, não suportando a coroa pesada que os verga, são tragados pela overdose das drogas do desespero, que os retira do corpo mais dementados e atônitos do que antes se encontravam.
Noutros casos, são consumidos pelas viroses irreversíveis, especialmente pela Síndrome de imunodeficiência adquirida, que os exaure e consome a pouco e pouco, tornando-os fantasmas desprezíveis e aparvalhantes para aqueles mesmos que antes os endeusavam, imitavam e buscavam a sua convivência a peso de ouro e de mil abjeções.
O adolescente, cuja formação padece constantes alterações comportamentais, necessitando de apoio e de diretriz emocional, desejando viver experiências adultas, sem alicerces psicológicos de segurança, naufraga, sem forças, arrastado pelas poderosas correntezas dos grupos sociais, nos quais transita, grupos esses, quase sempre, constituídos por enfermos e desestruturados quanto ele próprio.
Quando o lar se tornar escola de real educação, e a escola se transformar em lar de formação moral e cultural, a realidade do Espírito fará parte das suas programações éticas, sem o caráter impositivo de doutrina religiosa compulsivo-obsessiva, porém com a condição de disciplina educativo moralizadora que é, da qual ninguém se poderá evadir ou simplesmente ignorar, então o suicídio na adolescência cederá lugar à resistência espiritual para enfrentar as vicissitudes e os desafios, mediante amadurecimento íntimo e compreensão dos valores éticos que constituem a vida.
Através de uma visão correta sobre a realidade do ser, do seu destino, dos seus objetivos na Terra, o adolescente aprenderá a esperar, semeando e cuidando da gleba na qual prepara o futuro, a fim de colher os frutos especiais no momento próprio, frutos esses que não lhe podem chegar antes do tempo.
Descartando-se as impulsões autodestrutivas, que resultam de psicopatologias graves, mas que também podem ser devidamente tratadas, as ocorrências que levam ao suicídio na adolescência serão sanadas, e se alterará a paisagem emocional do jovem, a fim de que ele desenvolva o seu processo reencarnatório em paz e esperança, ganhando conhecimentos, adquirindo sabedoria e construindo o mundo novo no qual o amor predominará, a infância e a juventude receberão os cuidados que merecem na sua condição de perenes herdeiros do futuro.

ADOLESCÊNCIA E VIDA                                       
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS      

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segunda-feira, 11 de março de 2013

O ADOLESCENTE E O SUICÍDIO II

                                
O ser humano está fadado à glória estelar, que dever conquistar a esforço pessoal, galgando cada degrau que o leva às alturas com o esforço próprio, mediante o qual se aprimora e consegue superar-se. Toda ascensão provoca reações compatíveis com o estágio que se alcança, exigindo renovação de forças, ampliação de resistência para conseguir os cumes anelados. É natural, portanto, que surjam impedimentos que se apresentam como testes de avaliação, que selecionam aqueles que se encontram mais bem dotados e fortalecidos para o êxito.
Desistência é prejuízo na economia da auto-realização e fuga é desastre no empreendimento da evolução, que ninguém consegue sem grandes prejuízos.
No período de infância e de adolescência, o ser forma o caráter sob as heranças das reencarnações anteriores, que se expressam, nem sempre de forma feliz, produzindo, às vezes, choques e dores que devem ser atenuados, canalizados pela educação, pelos exercícios moralizadores, até que se fixem as disposições definidoras do rumo feliz. Nunca, porém, a caminhada se dará sem dificuldade, sem tropeço, sem esforço. Quem alcança uma glória sem luta, não é digno dela.
O suicídio brutal, violento, é crueldade para com o próprio ser. No entanto, há também o indireto, que ocorre pelo desgastar das forças morais e emocionais, das resistências físicas no jogo das paixões dissolventes, na ingestão de alimentos em excesso, de bebidas alcoólicas, do fumo pernicioso, das drogas aditícias, das reações emocionais rebeldes e agressivas, do comportamento mental extravagante, do sexo em uso exagerado, que geram sobrecargas destrutivas nos equipamentos físicos, psicológicos e psíquicos...
O materialismo, que infelizmente grassa, sem qualquer disfarce, na sociedade, que se apresenta em grupos religiosos, salvadas as naturais exceções, coloca suas premissas no comportamento das pessoas e as propele para a conquista hedonista, para o gozo material exclusivo, empurrando as suas vítimas para as fugas alucinantes, quando os propósitos anelados não se fazem coroar pelos resultados esperados.
O adolescente, vivendo nesse clima de lutas acerbas e não havendo recebido uma base moral de sustentação segura, na vida física vê somente a superficialidade, o prazer mentiroso, a ilusão que comandam os comportamentos de todos, em terríveis campeonatos de loucura.

ADOLESCÊNCIA E VIDA                                       
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS      

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