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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

MÁGOA

             
               Não podemos passar uma vida inteira ocultando de nós mesmos que nunca ficaremos magoados. Devemos, sim, admitir a mágoa, quando realmente ela existir, para que possamos resolver nossos conflitos e desarranjos comportamentais.
                A maneira decisiva de atingirmos o equilíbrio interior é aceitarmos nossas emoções e sentimentos como realmente eles se apresentam, pois, deixando de ignorá-los, passaremos a nos adaptar firmemente à realidade dos fatos e dos acontecimentos que estamos vivenciando.
                A grande maioria dos espíritos encarnados e desencarnados domiciliados no orbe terrestre usualmente analisam fatos e tomam atitudes de forma inconsciente, irrefletida, impulsiva ou automática. O automatismo permite que muitos de nós tenhamos uma sequência enorme de comportamentos, sem ao menos notarmos onde nasceram.  Quer dizer, não compreendemos claramente os motivos e os significados ou mesmo a qualidade dos impulsos iniciais.
                A arte de perceber de forma clara e real nossas mais íntimas intenções é uma das tarefas do processo evolutivo pelo qual todos estamos passando.
                O que não pode ser visto não pode ser mudado. Os mecanismos inconscientes dos quais nos utilizamos para nos enganar são em grande parte imperceptíveis, principalmente àqueles que não iniciaram ainda a autodescoberta do mundo interior, através do auto-aprimoramento espiritual.
                Mágoa não elaborada se volta contra o interior da criatura, alojando-se em determinado órgão, desvitalizando-o.  mágoa se transforma com o tempo em rancor, exterminando gradativamente nosso interesse pela vida e desajustando-nos quanto a seu significado maior.
                A desatenção pode, muitas vezes, parecer um simples esquecimento natural, mas também poderá ser vista como atividade psicológica para afastar de nosso dia-a-dia detalhes desagradáveis que não queremos admitir. Para não tomarmos consciência de que fomos magoados, simplesmente não notamos uma série quase infinita de fatos  feitos que demonstrariam, de forma segura, o ofensor e a intenção da ofensa. A desatenção é uma defesa que apaga somente uma parte do ocorrido, deixando consciente apenas aquilo que nos interessa no momento.
                O fato de criarmos o hábito de desviar a atenção como forma de dispersar a dor da agressão e de isso funcionar muito bem em determinados momentos expressivos de nossa vida, mantendo a mágoa dissimulada, poderá se tornar um estilo comportamental inadequado, pois distorce a realidade de nossos relacionamentos.
                Sentimentos não morrem; poderemos enterrá-los, mas mesmo assim continuarão conosco. Se não forem admitidos, não serão compreendidos e, consequentemente, estarão desvirtuando a nossa visão do óbvio e do mundo objetivo.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagens: espiritismoamorciencia.blogspot.com


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