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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


terça-feira, 1 de abril de 2014

MANUTENÇÃO DE PROPÓSITOS


O homem é um ser muito complexo. Somatório das suas experiências passadas tem, no inconsciente, um completo arquivo da raça, da cultura, das tradições que lhe influem no comportamento.
Por outro lado, a educação, os hábitos, os fenômenos psi­cológicos e fisiológicos estão a alterá-lo a cada momento.
Do acúmulo destes valores resultam-lhe as aspirações, as tendências e anseios, seus conflitos, ansiedades e realizações.
O inconsciente, como efeito, está sempre a ditar-lhe o que fazer e o que a realizar, inclinando-o numa ou noutra direção. Todavia, o mecanismo essencial da Vida impulsio­na-o para o progresso, para a evolução, mediante os progra­mas de autoburilamento, de orientação, de trabalho...
O resultado natural deste processo é uma mente confusa, buscando claridade; são problemas psicológicos, aguardan­do solução.
Torna-se-lhe imperiosa a adoção de propósitos para saber o motivo da confusão mental e entender os problemas, antes que tentar solucioná-los superficialmente, deixando em aberto novas dificuldades deles decorrentes.
A solução de agora pode satisfazê-lo por momentos, po­rém se não são entendidos, eles retornam por outro processo, permanecendo na condição de conflitos a resolver.
Para que se mantenha o propósito de entendimento de si mesmo e da Vida, faz-se necessário um percebimento inte­gral de cada fato, sem julgamento, sem compaixão, sem acu­sação.
Examiná-lo com imparcialidade, na sua condição de fato que é, com uma mente inocente, sem passado, sem futuro, apenas presente, mediante uma honesta compreensão, é a for­ma segura de o entender, portanto, de o perceber e digeri-lo convenientemente, sem dar margem a novos comprometimen­tos. Sem tal experiência se está tentando burlar a mente, qual se deseje saber por palavras o que se passa em algum lugar, sem interesse de ir-se lá, de conhecer-se pessoalmente.
Esta é uma conduta de quem somente busca informação sem inte­resse pelo conhecimento real, desde que se nega ao esforço do deslocamento até o lugar em pauta.
O entendimento de si mesmo, a fim de encontrar as raízes dos problemas, para extirpá-los, exige uma energia perma­nente, um propósito perseverante, mantidos com inteireza moral e psicológica. Em caso contrário, desejam-se apenas, informações verbais, sem mais profundas conseqüências.
Todos os problemas existentes no homem, dele mesmo procedem, das suas complexidades, da dominação do seu ego.
Normalmente, em razão do próprio passado, as tentativas de manter os propósitos de autoconhecimento, sem acumula­ção de dados especulativos, mas de real identificação de si mesmo, redundam em insucesso pela falta de perseverança, pelo desânimo diante das dificuldades do começo da empre­sa e pelo desinteresse de libertar-se dos conflitos.
O homem se queixa que o autoconhecimento exige des­pesa de energia face ao desgaste que o esforço provoca. Tal­vez não seja necessária uma luta como a que se trava em outras atividades. A manutenção dos conflitos produz muito mais consumpção de forças. Basta uma atitude de desvalori­zação dos problemas, como quem deixa cair um fardo sim­plesmente, ao invés de empenhar-se por atirá-lo fora.
A manutenção dos propósitos de renovação e de auto-aprimoramento é resultado de uma aceitação normal e de todo momento, da necessidade de autodescobrir-se, morrendo para as constrições e ansiedades, os medos e rotinas do cotidiano. Desta ação consciente, de que se impregna, o homem se ple­nifica interiormente, sem neurose ou outros quaisquer fenô­menos psicóticos, perturbadores da personalidade e da vida.


Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
imagem: tinegociosse.com.br

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