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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quarta-feira, 5 de abril de 2017

NEM SEMPRE O SILÊNCIO É UMA PRECE

                É comum encontrarmos nas casas espíritas a indicação, por meio de placas e cartazes, de que “O silêncio é uma prece”, porém, sem discordar da importância do silêncio, podemos estar na mais profunda angústia ou perturbação, embora estejamos quietos.
                Mesmo no habitual convite para que todos entrem em oração no início das palestras, o fato de todos ficarem em silêncio e de olhos fechados não quer dizer que estejam todos em oração.
                O silêncio pode esconder muitas faces da alma humana, enganando aos que apenas veem a aparência e julgam que ela traduza a intimidade do espírito.
                A frase correta seria: “Aproveite o silêncio, fazendo uma prece”, afinal, orar é colocar o silêncio em ação, numa atividade ampliada pela quietude das distrações humanas.
                Encontramos em O Livro dos Médiuns uma observação que qualifica o silêncio: “Recolhimento e silêncio respeitosos, durante as confabulações com os espíritos; união de todos os assistentes, pelo pensamento, ao apelo feito aos espíritos que sejam evocados”.
                Novamente, é importante compreender que eles não falam de um silêncio qualquer, mas de “recolhimento e silêncio respeitoso”, ou seja, de qualificar o ato de silenciar, utilizando da quietude para impulsionar nosso pensamento para onde desejamos.
                Na mesma obra já citada, na questão 332, ainda com referência ao silêncio, lemos: “Sendo o recolhimento e a comunhão dos pensamentos as condições essenciais a toda reunião séria, fácil é de compreender que o número excessivo dos assistentes constitui uma das causas mais contrarias à homogeneidade. Não há, é certo, nenhum limite absoluto para esse número e bem se concebe que cem pessoas, suficientemente concentradas e atentas, estarão em melhore condições do que estariam dez, se distraídas e bulhentas”.
                Muitas observações podem ser colhidas desta contribuição, mas todas indicam que o silêncio é neutro e pode ser utilizado para ascender em direção às alturas do bem , ou algemar nas estâncias sombrias dos objetivos fúteis.
                Quando aprendemos a buscar a paz no silêncio, obtemos o primeiro passo para a convivência conosco mesmo, lembrando o poeta Mario Quintana: “O excesso de gente me impede de ver as pessoas”, assim o silêncio é importante para aprendermos a nos abster das ilusões das multidões, dando um pouco de tempo a nós mesmos.
                Aproveitar do ambiente da casa espírita para silenciar e refletir, fugindo dos excessos das conversas fúteis, é sinal de inteligência, mas que deve estar a serviço do bem próprio, visando à elevação geral.
                O silêncio é certamente importante, mas que não basta isoladamente. É necessário ser conduzido, pelo pensamento, onde se deseja repousar. Afinal, silêncio ociosos vai para onde ele quer, nos levando para onde não queremos ir.
                São inúmeras as oportunidades em que podemos colher do Evangelho, situações onde Jesus se isolava para orar, cultivando a eloquência do silêncio elevado.
                Mergulhe no silêncio sempre que puder, mas que ele tenha objetivo e finalidade útil.

Roosevelt A. Tiago

Fonte: Jornal Verdade e Vida – nov/2015
imagem: google

3 comentários:

Ilca disse...

Olá minha querida Denise!
Sim. Ficar em silêncio e elevar o nosso pensamento a Deus, é essencial nesse momento.
Um texto valioso para nossa reflexão e aprendizado!
Beijo grande.


P.S: Amiga, deixei um comentário na tua postagem do dia 25/03.

Denise Carreiro disse...

Querida amiga Ilca, sua participação no meu cantinho é muito querida. Pelo que vi, seu comentário consta para mim como postado. O texto é Doadores do Suor. Bjs

Ilca disse...

Desculpe, Denise! Realmente, postei meu comentário nesse texto, por distração. Na verdade, seria no texto "O Perdão nas Três Dimensões da Alma III. Obrigada pelo teu carinho. A tua participação no meu blog também é muito valiosa para mim. Beijos